Inteligência Artificial e Ambidestria Organizacional: Um Caminho Poderoso para Inovar e Otimizar

A integração da ambidestria organizacional com o uso de inteligência artificial (IA) oferece um caminho revolucionário para o desenvolvimento de novos produtos. A IA, com sua capacidade de processar grandes volumes de dados, identificar padrões e gerar insights em tempo real, potencializa tanto a exploração (exploration) quanto a explotação (exploitation), criando um ambiente que favorece a inovação sustentável e eficiente. O que é Ambidestria Organizacional? Ambidestria organizacional é a habilidade de uma empresa em equilibrar simultaneamente a exploração de novas oportunidades e a otimização de operações existentes. Esse conceito, introduzido por Robert B. Duncan em 1976 e posteriormente ampliado por Michael L. Tushman e Charles A. O’Reilly III em 1996, é fundamental para organizações que buscam eficiência e inovação. Empresas ambidestras conseguem se adaptar rapidamente às mudanças do mercado, mantendo excelência operacional enquanto exploram novas ideias. Modelos de ambidestria estrutural, contextual e sequencial têm orientado organizações na implementação desse equilíbrio. Cada abordagem permite que as empresas promovam a coexistência de atividades de exploração e explotação, seja por meio de estruturas separadas ou da capacitação dos colaboradores para exercer ambas as funções em suas rotinas. Qual o conceito da Inteligência Artificial (IA) A Inteligência Artificial (IA) é uma área da ciência da computação dedicada ao desenvolvimento de sistemas e tecnologias que simulam a capacidade humana de aprender, raciocinar, resolver problemas, perceber o ambiente e tomar decisões. Em essência, a IA busca criar máquinas ou softwares que podem realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana, como reconhecimento de padrões, interpretação de dados, linguagem natural e tomada de decisões. A Inteligência Artificial evoluiu desde sua concepção nos anos 1950 como um conceito teórico, passando por avanços iniciais, crises de expectativa, e renascendo com o aprendizado de máquina e big data, até se tornar uma ferramenta essencial em diversas indústrias hoje. Como a Ambidestria e a IA se Complementam Exploitation: Otimização de Produtos e Processos Existente. Exploration: Inovação e Criação de Novos Produtos Exemplos de Aplicação por Segmento ·      IA na formulação sustentável: Algoritmos otimizam a escolha de ingredientes para criar produtos com maior conteúdo de matérias-primas renováveis e com menor impacto ambiental. ·      Previsão de cores e acabamentos: Ferramentas de análise de tendências ajudam a prever preferências de consumidores em paletas e texturas. ·      Otimização de processos de produção: Sensores IoT conectados a sistemas de IA ajustam automaticamente as máquinas para reduzir desperdício de água e energia. ·      Desenvolvimento de novos materiais: A IA pode simular propriedades de fibras alternativas, como celulose reciclada ou biodegradável. ·      Desenvolvimento de bioinsumos: Modelos de IA analisam dados genômicos e ambientais para criar defensivos agrícolas biológicos mais eficazes. ·      Aplicações personalizadas: Ferramentas de IA ajudam agricultores a aplicar produtos de forma eficiente, com base em dados específicos do solo e da cultura. ·      Identificação de reservas: A IA analisa dados geológicos para identificar novas áreas de exploração com menor impacto ambiental. ·      Processamento mais limpo: Modelos preveem formas de reduzir resíduos e reaproveitar subprodutos do processo de mineração. ·      Desenvolvimento de polímeros recicláveis e biodegradáveis com IA para simular propriedades antes da produção. ·      Melhoria na eficiência de reciclagem por meio de algoritmos que identificam e separam diferentes tipos de plásticos. Benefícios da Integração A combinação da ambidestria organizacional com IA transforma o desenvolvimento de produtos em uma estratégia altamente competitiva. Enquanto a ambidestria fornece a base para equilibrar inovação e eficiência, a IA atua como um catalisador, potencializando processos e explorando novas fronteiras tecnológicas. Essa parceria permite que setores como tintas & revestimentos, papel & celulose, agroquímicos e mineração liderem o caminho rumo à sustentabilidade e à inovação, adaptando-se rapidamente às demandas de um mercado em constante transformação. Se você leu até aqui e gostou desse assunto, conecte-se com a W2S em todos os nossos canais de comunicação para não perder nenhum assunto sobre Inovação, Governança, Tecnologia e ESG. Até a próxima! W2S, transformando ideias em resultados! Fontes: 1.             Ambidestria Organizacional e Inovação: proposições para o avanço da teoria e prática – Priscila Pagliarini Sartori e Ivan Lapuente Garrido (2023) 2.             Contribuição aos critérios de projeto organizacional para inovação na indústria petroquímica brasileira – Adriana Marotti de Mello e Roberto Marx (2013) 3.             Ambidestria Organizacional: uma análise do estado-da-arte na literatura nacional e internacional – Hélio Henrique de Matos et al. (2017) 4.             Gestão estratégica: uma análise da inovação através da ambidestria organizacional – André de Oliveira Eskenazi (2024) 5.             Ambidestria organizacional: como funciona, desafios e exemplos – Fundação Instituto de Administração (FIA) (2022)

Como a Utopia Impulsiona a Transformação do Futuro nos Setores Químicos e Industriais

As visões utópicas são fontes inesgotáveis de esperança e inovação, desafiando os limites do possível em diversos segmentos, como tintas, resinas, papel, agroquímicos e mineração. A busca por futuros idealizados impulsiona avanços tecnológicos que transformam indústrias e moldam nossa relação com o meio ambiente e a sociedade. Tornar essas visões tangíveis é o motor para inovação e progresso, especialmente em setores que dependem da ciência para evoluir. Em um mundo repleto de desafios, como mudanças climáticas, esgotamento de recursos naturais e crises sociais, as visões utópicas atuam como faróis que iluminam caminhos para soluções sustentáveis. Imagine tintas feitas somente de materiais biodegradáveis ou práticas de mineração com impacto ambiental próximo de zero, possibilitadas por tecnologias avançadas. Essas ideias, que soam como ficção científica, são sementes de inovação plantadas por visionários que desafiam o status quo. O “E se?” como Motor da Inovação No centro de cada utopia está uma pergunta poderosa: “E se?”. Essa provocação impulsiona a imaginação humana a romper barreiras. No setor de tintas, por exemplo, o “E se?” pode levar à criação de tecnologias que tornem o ar mais limpo e eliminem os contaminantes como NOX (Óxidos de Nitrogênio) e os VOCs (Compostos Orgânicos Voláteis) ou ainda que permitam criar revestimentos autorreparáveis. Em resinas, pode inspirar polímeros biodegradáveis de alta performance e com alto conteúdo de carbono renovável. No agronegócio, abre caminhos para fertilizantes eficientes produzidos a partir de resíduos orgânicos. Já na mineração, questionar como extrair minerais sem danos ambientais pode resultar em avanços como automação e biotecnologia. Esses desenvolvimentos não apenas solucionam problemas técnicos, mas também redesenham a relação entre indústrias e sustentabilidade, moldando um futuro mais ético e responsável. Comunicação, Exploração e Sustentabilidade: A Conexão com a Utopia Utopias também inspiram formas inovadoras de comunicação e colaboração interdisciplinar. Imagine cientistas, engenheiros e gestores trabalhando juntos em tempo real por meio de interfaces cérebro-computador, compartilhando ideias sem barreiras linguísticas. Cenários como esse, embora futuristas, podem acelerar a inovação em segmentos químicos e industriais. A exploração espacial, um símbolo clássico da utopia, também oferece lições valiosas. Tecnologias desenvolvidas para ambientes extremos, como em Marte, podem ser adaptadas para criar materiais mais resistentes e eficientes para uso terrestre, aplicáveis em mineração e construção. Tangibilizando Futuros: Da Imaginação à Realidade Transformar visões utópicas em ações concretas exige imaginação, investimento em pesquisa, colaboração interdisciplinar e uma abordagem ética. No setor de tintas, isso significa desenvolver tecnologias para otimizar processos e reduzir desperdícios. Em resinas, envolve a pesquisa de materiais renováveis. No agronegócio, pode levar à criação de bioestimulantes que aumentem a produtividade de forma sustentável. Na mineração, tangibilizar utopias significa buscar soluções limpas e processos de reaproveitamento de resíduos. Utopias como Motores de Transformação e Progresso As utopias não são apenas fantasias; são ferramentas poderosas para mobilizar recursos em direção a um futuro promissor. Visionários como Arthur C. Clarke e Elon Musk nos mostraram que, ao imaginar futuros extraordinários, podemos moldar o presente de forma transformadora. Essas visões nos inspiram a explorar possibilidades que transcendam limitações atuais, promovendo avanços que beneficiem a humanidade. O Papel da Colaboração e da Cultura de Inovação A colaboração é essencial para concretizar utopias. Projetos que unem empresas, universidades e institutos de pesquisa têm viabilizado revestimentos sustentáveis, defensivos agrícolas regenerativos e tecnologias de extração mineral com impacto ambiental reduzido. Além disso, uma cultura organizacional que valoriza a inovação, com ferramentas como Design Thinking e Inteligência Generativa, é crucial para transformar ideias visionárias em realidades viáveis. Ética e Sustentabilidade no Centro da Inovação O progresso deve ser equilibrado com ética e sustentabilidade. Isso inclui avaliar o impacto ambiental e social ao longo do ciclo de vida de produtos. A indústria de resinas, por exemplo, prioriza polímeros biodegradáveis, enquanto setores como papel e celulose integram inteligência artificial de forma responsável. Empresas que adotam práticas de ESG posicionam-se como líderes em inovação sustentável. Consultorias: Conectando Visões ao Mercado Consultorias especializadas desempenham um papel estratégico na construção desses futuros. Elas facilitam a conexão entre empresas e tecnologias emergentes, promovem a adoção de práticas sustentáveis e ajudam a alinhar inovação a estratégias de negócio. Além disso, fomentam a capacitação de equipes, preparando-as para lidar com novos paradigmas e demandas do mercado. Construindo o Futuro com Realismo Esperançoso A utopia, articulada de forma prática, é uma estratégia para orientar ações no presente. Adotar uma postura de realismo esperançoso, que equilibra pragmatismo e visão, é essencial para moldar um amanhã melhor. Cada “E se?” é um convite para explorar novas possibilidades, criando soluções que transformam a química e a sociedade. O futuro não acontece por acaso; ele é construído pelas escolhas que fazemos hoje. Ao liderar essa jornada, não estamos apenas inovando — estamos moldando o mundo. Se você leu até aqui e gostou desse assunto, conecte-se com a W2S em todos os nossos canais de comunicação para não perder nenhum assunto sobre Inovação, Governança, Tecnologia e ESG. Até a próxima! W2S, transformando ideias em resultados! Fonte: MIT – Massachusetts Institute of Technology, Como a utopia impulsiona a transformação do futuro, Fabio Correa Xavier, abril, 2024

A VERSATILIDADE DO MILHO: DA AGRICULTURA À INDÚSTRIA, UM GRÃO QUE TRANSFORMA MERCADOS

O milho é um dos grãos mais versáteis e amplamente utilizados no mundo, servindo como matéria-prima para diversas indústrias e aplicações. Seu uso abrange desde a alimentação humana e animal até setores como energia, química e farmacêutica. Ele pode ser consumido diretamente ou processado para a produção de uma ampla variedade de alimentos. Seus derivados são importantes fontes de carboidratos, fibras e vitaminas. Na alimentação animal, o milho é fundamental para a formulação de rações devido ao seu alto valor energético. Já para as indústrias, é uma matéria-prima crucial na produção de energia renovável, como o etanol de milho, obtido pela fermentação dos carboidratos presentes no grão. Esse biocombustível é amplamente utilizado, especialmente nos Estados Unidos. Além disso, os resíduos do processamento do milho, como bagaço e silagem, podem ser aproveitados para a produção de biogás em biodigestores, promovendo alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis. Nas indústrias químicas, os derivados do milho têm múltiplas aplicações. O amido industrial, por exemplo, é a base para a produção de adesivos, papel, têxteis e produtos farmacêuticos, onde atua como excipiente em medicamentos, comprimidos e cápsulas. Outros exemplos incluem o ácido lático e polímeros biodegradáveis utilizados na fabricação de plásticos e embalagens sustentáveis, além de aplicações em bebidas fermentadas, como cervejas e uísques (ex.: bourbon, que utiliza milho como ingrediente principal), e bebidas não alcoólicas, nas quais amidos e xaropes são empregados como adoçantes. O milho também desempenha um papel estratégico em pesquisas científicas e no desenvolvimento de novas tecnologias, incluindo modificações genéticas que aumentam sua resistência a pragas, produtividade e tolerância a herbicidas. Sua versatilidade o torna indispensável tanto para economias agrícolas quanto para indústrias tecnológicas avançadas, consolidando-o como um dos grãos mais cultivados e comercializados globalmente. A produção de milho no Brasil tem se consolidado como uma das maiores do mundo, com o país frequentemente competindo pela liderança nas exportações. Em 2024, estima-se que a produção de milho no Brasil será de cerca de 109 milhões de toneladas, com uma parte significativa destinada ao consumo interno (principalmente para alimentação animal e produção de etanol) e o restante voltado para o mercado externo. O cultivo do milho exige planejamento detalhado, manejo adequado do solo e monitoramento constante para garantir plantas vigorosas e alta produtividade. A escolha da cultivar é o primeiro passo e deve levar em conta fatores como adaptação ao clima local, características do solo, ciclo da planta (precocidade ou tardez), resistência a pragas e doenças, além do propósito do cultivo (grãos, silagem ou consumo direto). Variedades híbridas, com maior potencial produtivo, e transgênicas, com resistência a insetos ou tolerância a herbicidas, são amplamente utilizadas em sistemas modernos de produção. Preparo do solo O preparo do solo é essencial para maximizar a disponibilidade de nutrientes e água às plantas. A análise do solo é uma etapa indispensável para determinar a necessidade de correção da acidez com calcário e a aplicação de nutrientes. Após a análise: Realiza-se a aração e gradagem, melhorando a estrutura do solo e eliminando resíduos indesejados. Em sistemas de plantio direto, mantém-se a cobertura vegetal na superfície, reduzindo a erosão e conservando a umidade. A drenagem eficiente é fundamental para evitar encharcamento, que pode prejudicar o desenvolvimento radicular. Adubação do milho A adubação é essencial para suprir as necessidades nutricionais da cultura ao longo de seu ciclo, garantindo pleno desenvolvimento e alta produtividade. É necessário atender às demandas de macro e micronutrientes, além de considerar o uso de aditivos para melhorar a eficiência no uso de nutrientes e a qualidade do solo. Macronutrientes primários Os macronutrientes são necessários em maiores quantidades: Nitrogênio (N): essencial para o crescimento vegetativo, a síntese de proteínas e o desenvolvimento geral da planta. Recomenda-se a aplicação em etapas, dividindo as doses em duas ou mais aplicações, com valores entre 100 e 200 kg/ha, dependendo da análise do solo e da expectativa de produtividade. Fósforo (P): fundamental para o enraizamento inicial e o metabolismo energético. Geralmente, aplica-se no sulco de plantio, com doses usuais de 60 a 120 kg/ha de P₂O₅, conforme a necessidade do solo. Potássio (K): essencial para o enchimento de grãos e resistência a estresses. Aplica-se no plantio ou em cobertura, com doses entre 50 e 100 kg/ha de K₂O. Macronutrientes secundários e micronutrientes Macronutrientes secundários (Cálcio, Magnésio e Enxofre): contribuem para o crescimento radicular e a estruturação das paredes celulares. Micronutrientes (Zinco, Boro, Cobre, Ferro, Manganês e Molibdênio): fundamentais para o crescimento, divisão celular, ativação enzimática e fotossíntese. Podem ser aplicados via solo ou foliar, com doses ajustadas conforme a necessidade da planta. Boas práticas de manejo Estratégias como rotação de culturas, consorciação e o uso de tecnologias de agricultura de precisão maximizam a eficiência da adubação e a sustentabilidade do cultivo. Plantio do milho O plantio deve ocorrer no início da estação chuvosa, garantindo boa umidade para a germinação. O uso de semeadoras modernas proporciona: Uniformidade na distribuição das sementes. Ajustes no espaçamento entre linhas (70–90 cm para grãos e 50–70 cm para silagem) e entre plantas (20–30 cm). Controle preciso da profundidade de semeadura (3–5 cm). Cultivo irrigado e não irrigado Em sistemas sem irrigação, a época de plantio deve coincidir com o período de maior incidência de chuvas. Em sistemas irrigados, técnicas como aspersão ou gotejamento garantem o fornecimento hídrico, especialmente nos estágios críticos: emergência, floração e enchimento de grãos, evitando quedas na produtividade. Controle fitossanitário O controle de plantas daninhas, pragas e doenças é essencial para evitar prejuízos ao cultivo: Utilize herbicidas seletivos ou realize capinas manuais/mecânicas para controlar plantas invasoras. Monitore regularmente o campo para identificar pragas como a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda). Adote controle químico, biológico ou integrado, conforme o nível de infestação. Práticas como rotação de culturas e uso de sementes tratadas ajudam a reduzir os riscos fitossanitários. Crescimento e manejo Durante o estágio vegetativo, é comum a aplicação de fertilizantes nitrogenados em cobertura, cerca de 30 a 40 dias após o plantio, para atender à alta demanda da cultura por nitrogênio. A inspeção periódica do campo é fundamental para identificar anormalidades precocemente e possibilitar

5 professores que descomplicam a química nas redes sociais

Apesar de estar presente no nosso cotidiano, química é uma disciplina que costuma assustar os estudantes. Por isso, vários professores produzem conteúdo para as redes sociais, com o objetivo de aproximar os alunos da matéria. A CNN fez uma lista de cinco perfis que produzem conteúdo sobre química para os alunos acompanharem: Leia Mais Bandeira na lua e Einstein: 8 curiosidades sobre a Universidade de Princeton 5 filmes recentes que ajudam a estudar história para o vestibular Como alunos podem usar IA para melhorar o estudo; simulados e mais Prof Michel Química Você sabe por que não existe sorvete de laranja? O professor Michel responde a esse tipo de pergunta em seu perfil do Instagram. Com mais de 107 mil seguidores, ele traz informação, mostrando como a química faz parte do nosso dia a dia.   Ver essa foto no Instagram   Uma publicação compartilhada por Prof Michel Quimica (@profmichelquimica) Prof. Carlos Alberto Pessoa, do Química Orgânica Com 143 mil seguidores, o professor Carlos Alberto Pessoa publica questões de química em seu perfil do Instagram para desafiar os seus seguidores. Os posts sempre acompanham a resposta na descrição. É um bom perfil para quem deseja estudar química até mesmo quando está nas redes sociais.   Ver essa foto no Instagram   Uma publicação compartilhada por Prof. Carlos Alberto Pessoa (@quimicaorganicaprofcap) Lucas Moreno, do Moleculando A fervura da água é um processo químico ou físico? Por que deixar o feijão de molho antes de cozinhar? O professor Lucas Moreno, do Moleculando, explica curiosidades do cotidiano em seu perfil do TikTok. Ele já tem mais de 354 mil seguidores.  @moleculando Acertaria essa questão? #química #aprendanotiktok #ciencias #tokdoenem #enem2024 #enem #vestibular ♬ som original – Lucas Moreno Prof. Fer Garcia Com mais de 1 milhão de seguidores, a professora Fer Garcia mostra experimentos nos seus vídeos, responde a curiosidades e também registra o seu dia a dia na escola. @prof.fergarcia Aula de peidologia . . . #professora #professor #professores #professoresnotiktok #professorasdobrasil #cienciaentiktok #ciencia ♬ Love You So – The King Khan & BBQ Show Prof. Roberto Luz, do Deu Química Se você gosta de ver experimentos em laboratório, este é um bom perfil para acompanhar. O professor Roberto Luz publica vídeos divertidos que podem tornar a visão dos alunos sobre química mais positiva. Ele tem mais de 48,5 mil seguidores.   Ver essa foto no Instagram   Uma publicação compartilhada por DeuQuímica (Prof. Roberto Luz) (@deuquimica) Conheça professores de português para seguir nas redes sociais Este conteúdo foi originalmente publicado em 5 professores que descomplicam a química nas redes sociais no site CNN Brasil.

REGULAMENTAÇÃO DOS BIOINSUMOS: UM MARCO PARA A SUSTENTABILIDADE NO AGRO

A aprovação do Projeto de Lei dos Bioinsumos (658/2021) pela Câmara dos Deputados representa um marco fundamental para a agricultura brasileira, ao oferecer uma estrutura regulatória e alinhada às demandas contemporâneas de sustentabilidade e inovação no setor agropecuário. Este projeto, que segue agora para análise no Senado, busca estabelecer diretrizes claras contemplando tanto a produção on farm, ou seja, na produção e uso nas propriedades rurais, quanto a comercialização de produtos biológicos industrializados. Os bioinsumos, como definidos na proposta, são produtos, processos ou tecnologias originados de fontes vegetais, animais ou microbianas. Esses produtos são usados na agricultura, no armazenamento e no processamento de produtos agropecuários, bem como em sistemas florestais e aquáticos. Entre os bioinsumos estão os agentes microbiológicos de controle (AMC), que ajudam no crescimento, defesa e desenvolvimento de plantas, além de interagir com processos biológicos e físico-químicos, como o controle de pragas. Os bioinsumos englobam uma ampla gama de produtos, como inoculantes, promotores de crescimento de plantas, biofertilizantes, defensivos biológicos e produtos para a nutrição vegetal e animal. Sua aplicação na agricultura pode reduzir significativamente o uso de fertilizantes químicos e pesticidas, oferecendo uma alternativa mais ecológica e sustentável para o setor agropecuário. O projeto de lei também detalha a operação das biofábricas – unidades produtoras instaladas nas propriedades rurais. Essas biofábricas devem seguir os critérios de boas práticas estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com o objetivo de garantir a qualidade e segurança dos bioinsumos produzidos. A produção deve ser registrada e acompanhada por relatórios que incluam informações detalhadas sobre os isolados, linhagens ou cepas de microrganismos utilizados, garantindo a rastreabilidade e a conformidade com os padrões exigidos. Outra vantagem importante do projeto é a dispensa de licenciamento para produção de uso próprio, desde que o imóvel esteja regularizado conforme a legislação ambiental vigente. Esse aspecto visa simplificar o processo de produção, incentivando os produtores rurais a adotarem essa prática. A expectativa é de que, uma vez aprovado no Senado, o PL 658/2021 impulsione o crescimento do uso, garantindo benefícios ambientais, econômicos e sociais para o país. A legislação se aplica a todos os sistemas de cultivo, sejam convencionais ou orgânicos, e define bioinsumos como substâncias e produtos utilizados como estimuladores, inibidores de crescimento, semioquímicos, bioquímicos, agentes biológicos e microbiológicos de controle, biofertilizantes e inoculantes. A regulamentação especifica uma série de definições importantes, como: A legislação também traz medidas de fiscalização para garantir a qualidade, segurança e eficiência dos bioinsumos na agricultura. Sendo algumas delas: A regulamentação oferece segurança tanto para os agricultores quanto para os consumidores, assegurando que sejam eficazes e seguros. Além disso, ao fortalecer o mercado de bioinsumos, atrai investimentos e o Brasil podendo se tornar líder em práticas agrícolas sustentáveis, alinhadas com as tendências globais de sustentabilidade no campo. O projeto estabelece regulamentações claras e precisas para a produção e uso, abrangendo tanto o setor industrial quanto a produção nas propriedades rurais. Isso não apenas facilita a adoção de práticas agrícolas mais ecológicas e responsáveis, mas também fomenta o uso de tecnologias sustentáveis e o estudo científico que atendem às exigências ambientais e de segurança alimentar. Ao incentivar o uso de agentes biológicos e naturais, o Projeto de Lei nº 658, de 2021, estabelece os bioinsumos como uma estratégia essencial para a construção de uma agropecuária altamente produtiva e ecologicamente responsável. A proposta fomenta um ambiente propício à inovação tecnológica, com potencial para revolucionar o setor agropecuário. Ao permitir a produção para uso próprio, a medida não só fortalece a autonomia dos produtores rurais, mas também promove uma agricultura mais competitiva e alinhada aos princípios de sustentabilidade e preservação ambiental. O sucesso dessa iniciativa dependerá de uma colaboração integrada entre governo, setor privado, academia e os próprios produtores rurais, consolidando como um elemento indispensável para o avanço da agricultura moderna e sustentável. Se você leu até aqui e gostou desse assunto, conecte-se com a W2S em todos os nossos canais de comunicação para não perder nenhum assunto sobre Inovação, Governança, Tecnologia e ESG. Até a próxima! W2S, transformando ideias em resultados! -Por Letícia Rodrigues

Tintas Feitas com Terra: Uma Abordagem Artesanal e Sustentável?

As tintas feitas com terra são frequentemente apresentadas como uma alternativa sustentável e de baixo custo, utilizando materiais locais e naturais, conforme mencionado em diversos estudos e reportagens, incluindo a recente matéria do Globo Rural de 10/11/2024. No entanto, a realidade é mais complexa, especialmente ao se considerar a utilização de cola branca (PVA) ou outras resinas sintéticas na preparação dessas tintas. Essa prática pode comprometer o apelo sustentável do produto, levantando questões importantes sobre regulamentação, controle de qualidade e possíveis impactos ambientais. Sustentabilidade e Desafios das Tintas Feitas com Terra Apesar do apelo sustentável, as tintas feitas com terra enfrentam desafios significativos em termos de sustentabilidade. A cola branca, amplamente utilizada como aglutinante, não é regulamentada por normas de qualidade, ainda não existe especificação de Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs) mínimo permitido e demais especificação de desempenho como ocorre nas tintas arquitetônicas. Isso pode resultar em emissões descontroladas de VOCs afetando a qualidade do ar e a saúde dos aplicadores, sem contar o risco de comprometer a qualidade da tinta. Além disso, a extração da terra utilizada na formulação, sem o devido controle ambiental, pode degradar o solo e levar à contaminação do produto, afetando sua segurança e desempenho. Apesar do apelo sustentável, as tintas preparadas com terra enfrentam desafios significativos em termos de sustentabilidade. A cola branca (PVA), amplamente utilizada como aglutinante, não é regulamentada por normas de qualidade. Atualmente, não há especificações claras sobre limites permitidos de Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs) nem sobre outros critérios de desempenho, como ocorre nas tintas arquitetônicas. Esse cenário pode resultar em emissões descontroladas de VOCs, comprometendo a qualidade do ar e a saúde dos aplicadores, além de colocar em risco a consistência e a durabilidade da tinta. Além disso, a extração da terra utilizada na formulação, sem o devido controle ambiental, pode degradar o solo e levar à contaminação do produto, afetando sua segurança e desempenho. Variabilidade e Problemas Técnicos Outro aspecto desafiador das tintas feitas com terra é a variabilidade dos materiais. A “terra” utilizada deve possuir propriedades específicas para garantir boa aderência e performance, mas a identificação da matéria-prima ideal pode ser difícil e incerta. As características naturais da terra também influenciam diretamente a cor, resultando em alta variabilidade entre os lotes, dificultando a padronização do produto. Além disso, a ausência de aditivos especializados limita a proteção contra micro-organismos, tornando essas tintas menos adequadas para ambientes internos e com pouca ventilação. A aplicação da tinta feita com terra exige conhecimento técnico para alcançar a mistura correta. Pequenos erros na preparação podem comprometer a durabilidade e a aderência, aumentando a necessidade de repintura e manutenção. Isso levanta preocupações sobre a viabilidade do uso dessas tintas em larga escala, especialmente em projetos que exigem alta durabilidade e resistência. Programas Setoriais de Sustentabilidade e Qualidade Para entender melhor o contexto e a regulamentação da indústria de tintas, é essencial analisar o papel dos Programas Setoriais de Sustentabilidade (PSS) e Qualidade (PSQ), coordenados pela Abrafati. Essas iniciativas são fundamentais para garantir a conformidade ambiental e a padronização dos produtos, servindo como referência para a indústria. O Programa Setorial de Sustentabilidade (PSS), lançado em 2021 pela Abrafati, é uma iniciativa pioneira na indústria de tintas brasileira. Seu objetivo é orientar e impulsionar a melhoria contínua das empresas, além de promover transparência setorial em temas como Governança e Liderança Corporativa, Capital Humano, Capital Social e Meio Ambiente. Desenvolvido em parceria com o Instituto Akatu, o programa utiliza 44 indicadores distribuídos em 17 subtemas, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente os 12 mais relevantes para o setor de tintas no Brasil. O Programa Setorial da Qualidade (PSQ), coordenado pela Abrafati desde 2002, é uma referência no controle de qualidade para tintas imobiliárias. Integrado ao Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) do Governo Federal, o PSQ realiza análises trimestrais de produtos com base nas normas de especificação da ABNT. Essas avaliações abrangem parâmetros como rendimento, cobertura, brilho, secagem e resistência a abrasão (lavabilidade). As marcas que atendem aos critérios rigorosos do PSQ recebem uma certificação de qualidade, oferecendo segurança ao consumidor e promovendo a isonomia concorrencial no setor. Essas marcas podem ser consultadas no site: www.tintasdequalidade.com.br Tintas Arquitetônicas: Inovação e Desempenho As tintas arquitetônicas representam o estado da arte em inovação e sustentabilidade. Formuladas com aditivos avançados e polímeros de alta performance, essas tintas além decorar e proteger, proporcionam benefícios adicionais, como propriedades autolimpantes, resistência a fungos, bactérias, vírus e podem promover até a redução de temperatura dentro da edificação. A conformidade com o PSS e as normas da ABNT assegura que essas tintas atendam aos mais altos padrões de controle de qualidade e sustentabilidade. A indústria tem investido significativamente na substituição de solventes de origem petroquímica por sistemas à base de água, que apresentam menor impacto ambiental. O uso de matérias-primas de fonte renováveis e a redução de aditivos de baixa pegada de carbono contribuem para a comercialização de produtos mais seguros e sustentáveis, alinhando-se às expectativas de um mercado cada vez mais consciente e exigente. Comparação: Tintas Feitas com Terra vs. Tintas Arquitetônicas Para analisar de forma objetiva, apresentamos a seguir uma comparação detalhada entre tintas feitas com terra e tintas arquitetônicas. Tintas Feitas com Terra Vantagens: Desvantagens: Tintas Arquitetônicas Vantagens: Segue abaixo, conforme a norma NBR 15079, os rendimentos mínimos por lata de 18 litros, o preço médio por lata e o custo médio por metro quadrado: Desvantagens: A escolha entre tintas feitas com terra e tintas arquitetônicas deve ser pautada pelas necessidades e prioridades específicas de cada projeto. As tintas feitas com terra oferecem uma alternativa interessante para projetos que valorizam a sustentabilidade, o uso de recursos locais e a preservação de tradições culturais. No entanto, enfrentam desafios significativos em termos de durabilidade, qualidade e aplicabilidade, limitando seu uso a contextos decorativos e de baixa demanda. Por outro lado, as tintas arquitetônicas se destacam por seu desempenho superior, inovação tecnológica e funcionalidades adicionais. Elas proporcionam alta durabilidade, resistência a intempéries e facilidade de aplicação, tornando-se a escolha

Reologia e Inovação no Segmento de Tintas e Revestimentos: Um Guia Essencial para Formuladores

A reologia, ciência que estuda o fluxo e a deformação dos materiais sob a ação de forças, é uma ferramenta fundamental no desenvolvimento de tintas e revestimentos de alta performance. Seu entendimento permite a otimização de diversas propriedades das tintas, como a viscosidade, o nivelamento, a resistência ao escorrimento e à sedimentação, além de outras características críticas para a aplicação e o comportamento final do produto. Neste artigo, exploramos como a reologia pode ser aplicada para resolver desafios comuns e promover avanços no desenvolvimento de tintas e revestimentos. O Papel da Reologia no Desenvolvimento de Tintas A reologia é amplamente utilizada para medir e prever o comportamento das tintas em diferentes estágios do processo de aplicação e durante o armazenamento. Tintas são materiais viscoelásticos, o que significa que elas combinam características tanto de líquidos quanto de sólidos. Essa dualidade permite que, dependendo das condições de aplicação, as tintas se comportem de maneira fluida ou mantenham uma certa estrutura, o que é essencial para garantir uma aplicação uniforme e um acabamento de alta qualidade. O comportamento reológico das tintas é principalmente determinado pela sua viscosidade, que é a resistência do material ao fluxo. Viscosidade: A Propriedade-Chave das Tintas A viscosidade é um parâmetro crítico que influencia diretamente o desempenho da tinta, desde a sua fabricação até a aplicação. O controle da viscosidade permite que o formulador ajuste o comportamento da tinta em várias situações. Durante o armazenamento, uma viscosidade mais alta impede a sedimentação de partículas pesadas, como pigmentos, garantindo a estabilidade do produto. Quando a tinta está sendo misturada ou bombeada, uma viscosidade intermediária facilita o manuseio e o processamento. No momento da aplicação, a viscosidade da tinta deve ser suficientemente baixa para que ela se espalhe facilmente, formando uma película fina e uniforme sobre o substrato. A aplicação de tintas com rolo ou spray, por exemplo, envolve forças de cisalhamento extremamente altas, e a tinta deve responder adequadamente a essas condições para garantir um acabamento uniforme e de alta qualidade. Os testes de rampa de taxa de cisalhamento são comumente utilizados para medir a viscosidade da tinta em várias taxas de cisalhamento, fornecendo um perfil abrangente que ajuda a prever o comportamento da tinta em diferentes condições. A medição da rampa de tensão de cisalhamento, mais recentemente utilizada, pode oferecer informações adicionais sobre o comportamento da tinta em baixos cisalhamentos, como o comportamento da tensão de escoamento. Resistência ao Escorrimento e Nivelamento: Desafios e Oportunidades A resistência ao escorrimento e o nivelamento são parâmetros concorrentes que frequentemente apresentam desafios para os formuladores. O escorrimento ocorre quando a tinta flui de maneira indesejada após a aplicação, formando gotejamentos ou irregularidades no filme de tinta, especialmente em superfícies verticais. O nivelamento, por outro lado, refere-se à capacidade da tinta de minimizar marcas de pincel ou rolo e formar uma camada uniforme e lisa. Para prevenir o escorrimento, a viscosidade em baixo cisalhamento deve ser suficientemente alta para impedir o fluxo indesejado da tinta. Além disso, a tixotropia, que é a capacidade da tinta de recuperar sua viscosidade após o cisalhamento, desempenha um papel fundamental nesse processo. Um teste de tixotropia de 3 etapas pode ser utilizado para quantificar o tempo necessário para a tinta recuperar sua viscosidade original após a aplicação, ajudando os formuladores a equilibrar a resistência ao escorrimento com a necessidade de nivelamento. A tensão de escoamento também é um parâmetro importante para prevenir o escorrimento. Ela se refere à força mínima necessária para iniciar o fluxo da tinta. Ao medir a tensão de escoamento dinâmica, que é a tensão necessária para manter o fluxo da tinta após a aplicação, os formuladores podem garantir que a tinta não escorra, mesmo em superfícies verticais. Isso pode ser modelado através do perfil de rampa de taxa de cisalhamento usando o modelo de Herschel-Bulkley, que descreve o comportamento de fluidos não newtonianos com uma tensão de escoamento. Sedimentação e Estabilidade no Armazenamento Um dos desafios mais comuns enfrentados pelos formuladores de tintas é a sedimentação, que ocorre quando as partículas sólidas se depositam no fundo da embalagem durante o armazenamento. Para evitar esse problema, a tinta deve ter uma viscosidade alta em baixas taxas de cisalhamento e uma tensão de escoamento estática suficiente para impedir o movimento das partículas. A tensão de escoamento estática, que é a força mínima necessária para iniciar o fluxo da tinta, é a medida mais apropriada para avaliar a estabilidade à sedimentação. Experimentos de rampa de taxa de cisalhamento ou de rampa de tensão de cisalhamento podem ser realizados para medir a viscosidade em baixas taxas de cisalhamento, e a rampa de tensão de cisalhamento é preferível nesse caso, pois também destaca o comportamento da tensão de escoamento. Respingo de Rolo: Um Problema de Elasticidade O respingo de rolo, um problema comum em aplicações de tintas em grandes superfícies, ocorre quando a tinta forma pequenas gotas que se desprendem do rolo durante a aplicação. Esse fenômeno está diretamente relacionado à elasticidade da tinta. Quanto mais elástica for a tinta, maior será a formação de fibras de tinta que podem se romper e causar respingos. O módulo elástico, obtido a partir de medições oscilatórias de varredura de frequência, é um parâmetro chave para prever o respingo de rolo. Além disso, a viscosidade em altos cisalhamentos, medida em experimentos de rampa de cisalhamento, também afeta a formação dessas fibras de tinta durante a aplicação. Portanto, ajustar a elasticidade da tinta pode ajudar a minimizar o respingo de rolo e melhorar a experiência de aplicação. Propriedades do Filme Úmido: Influência da Viscosidade na Espessura do Filme A espessura do filme de tinta formado durante a aplicação tem um impacto direto em várias propriedades da tinta, como o poder de cobertura e o tempo de secagem. A viscosidade da tinta em altos cisalhamentos, medida em experimentos de rampa de cisalhamento, pode ser usada para prever a espessura do filme, que, por sua vez, influencia a taxa de espalhamento da tinta – ou seja, o volume necessário para cobrir uma determinada

Enem 2024: veja os assuntos de química que mais caem

No segundo dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que acontece no próximo domingo (10), os estudantes vão encarar 45 questões de matemática e 45 questões de ciências da natureza, que inclui as disciplinas física, química e biologia. A CNN já fez uma lista dos assuntos que mais caem em física e biologia para te ajudar com a revisão. Agora é a vez de química. Leia Mais Enem 2024: dicas de revisão para prova de ciências da natureza Enem 2024: quando saem as notas das provas e da redação? Gabarito Enem 2024: confira as respostas extraoficiais do 1º dia de prova Segundo o levantamento Raio-X do Enem, do SAS Educação, os temas de química mais recorrentes no Enem são físico-química, química geral e química orgânica. Juntos, esses assuntos são responsáveis por 75% do conteúdo. Veja a lista completa: Físico-química Química geral Química orgânica Meio ambiente Energia Atomística Água Além de se concentrar nos temas mais recorrentes na prova do Enem, é importante que os estudantes definam estratégias para resolver o exame. Para os professores da plataforma Aprova Total, uma dica é começar pelas questões que têm o enunciado mais curto e direto. Dessa forma, os candidatos podem otimizar o tempo. Confira as dicas: Comece resolvendo as questões que têm enunciado mais curto e direto. Deixe os exercícios com cálculos ou enunciados mais longos para depois. Ler atentamente o comando é fundamental para encontrar a resposta, pois algumas questões de química possuem situações problema que a maioria dos candidatos conhece. Realize a leitura completa do texto base se realmente for necessário. CNN divulga gabaritos extraoficiais Assim como no primeiro dia de provas, a CNN vai disponibilizar os gabaritos extraoficiais do Enem no domingo (10) ao término do exame. A correção é de uma equipe de professores do SAS Educação. Também é possível conferir os cadernos do primeiro dia na íntegra. Os gabaritos oficiais estão previstos para sair no dia 20 de novembro. O resultado final, com as notas individuais de cada participante, incluindo a pontuação da redação, estará disponível no site do Inep dia 13 de janeiro de 2025. Enem: quais documentos levar para a prova? Este conteúdo foi originalmente publicado em Enem 2024: veja os assuntos de química que mais caem no site CNN Brasil.

Análise: Comitê do Prêmio Nobel entra de vez na discussão sobre IA

Nesta semana, os prêmios Nobel de Física e Química destacaram trabalhos no desenvolvimento e aplicação da inteligência artificial (IA). (Escolha na moda? Absolutamente. Escolha séria? Também sim) Mesmo os mais críticos em relação à IA teriam que tirar o chapéu para esses caras — sim, são todos homens — por seu trabalho, o qual é, em grande parte, complicado demais para eu abordar em profundidade aqui. Mas, resumidamente: O Prêmio Nobel de Física foi dividido entre John Hopfield, professor em Princeton, e Geoffrey Hinton, também conhecido como o ‘padrinho’ da IA, por trabalhos que foram ‘fundamentais para estabelecer os alicerces do que hoje conhecemos como inteligência artificial‘. O prêmio de Química foi concedido na quarta-feira (9) a três cientistas — Demis Hassabis e John M. Jumper, do laboratório de IA DeepMind, de propriedade do Google, e David Baker, um bioquímico dos EUA — que usaram inteligência artificial para ‘decifrar o código’ de quase todas as proteínas conhecidas (o que é realmente incrível, mas prometo que vale mais a pena aprender sobre isso com o cientista que fez um PowerPoint sobre o assunto no evento em Estocolmo). Quando perguntado por um repórter se o comitê levou em consideração a conexão com IA ao julgar os indicados, um membro do comitê de química basicamente ignorou a pergunta e insistiu que as decisões foram tomadas puramente com base na ciência. (Quero dizer, você consegue imaginar? O comitê do Nobel permitindo que política ou relações-públicas influenciem suas decisões?) Relembre quem foi o primeiro vencedor do Prêmio Nobel de Literatura Movie Gen: saiba mais sobre a nova IA de geração de vídeos da Meta Chatbot de IA da Meta chega ao Brasil para competir com o ChatGPT O que me chamou a atenção com os prêmios consecutivos relacionados à IA foi como, pelo menos, dois dos vencedores têm visões tão fundamentalmente opostas sobre as futuras aplicações da tecnologia que eles criaram. De um lado, temos Hinton, um pioneiro da IA que, no último ano e meio, largou o emprego no Google e começou a falar sobre os riscos existenciais da tecnologia. No ano passado, ele disse a Jake Tapper, da CNN, que a inteligência super-humana eventualmente “encontraria maneiras de manipular as pessoas para fazer o que ela quer”. E do outro lado, temos Hassabis, um dos maiores entusiastas da IA. Hassabis tem sido a face pública dos esforços de IA do Google e se descreve como um “otimista cauteloso” sobre a perspectiva de uma IA que possa superar o pensamento humano. Mas ele é essencialmente o oposto do pessimismo de Hinton. Em uma entrevista ao podcast Hard Fork do New York Times em fevereiro, Hassabis invocou a ficção científica — mas apenas a com robôs benevolentes — para descrever um futuro idílico onde “deve haver uma enorme abundância de benefícios incríveis que só precisamos garantir que sejam distribuídos de maneira igual, sabe, para que todos na sociedade possam se beneficiar disso”. (O que, a propósito, é exatamente o tipo de resposta típica do Vale do Silício que você ouve muito de pessoas que já são ricas, trabalham em ambientes amplamente acadêmicos e assumem que tudo o que está quebrado na sociedade é apenas um problema de design que um engenheiro pode consertar. Tipo, você não pode simplesmente minimizar o problema da distribuição igualitária — pergunte a qualquer pessoa que trabalhe, por exemplo, com alívio da fome. Mas isso é uma crítica para outro momento) De qualquer forma, o que devemos pensar sobre a elevação desses pioneiros da IA ao Prêmio Nobel? À primeira vista, pode parecer que o comitê Nobel está comprando a ideia da IA das grandes empresas de tecnologia. Mas, como Matteo Wong, da Atlantic, observou, a abordagem do comitê Nobel foi surpreendentemente pragmática. Enquanto fazia referência à IA generativa, Wong percebeu que ninguém mencionou o ChatGPT ou o Gemini ou qualquer outra ferramenta de IA voltada para o consumidor que as empresas estão promovendo. “O prêmio não deve ser visto como uma previsão de uma utopia ou distopia de ficção científica por vir, mas sim como um reconhecimento de todas as maneiras pelas quais a IA já mudou o mundo”, escreveu Wong. Da mesma forma, ao anunciar o prêmio de química na quarta-feira (9), os membros do comitê falaram muito sobre sequências de aminoácidos e bioquímica estrutural. O que você não ouviu o painel de cientistas falar: um futuro perfeito, livre de doenças e só de diversão proporcionado pela IA. Eles falaram sobre a IA da maneira que eu gostaria que os executivos de tecnologia falassem sobre IA — como uma ferramenta técnica meio chata, que opera nos bastidores para ajudar os pesquisadores a descobrir coisas. E essa é uma história mais convincente, talvez menos lucrativa, se você me perguntar, do que a que os executivos de tecnologia tendem a apresentar aos investidores. Veja também: Pesquisas sobre proteínas levam Nobel de Química Pesquisas sobre proteínas levam Nobel de Química | LIVE CNN Cientistas guardam genoma em cristal que pode durar bilhões de anos Este conteúdo foi originalmente publicado em Análise: Comitê do Prêmio Nobel entra de vez na discussão sobre IA no site CNN Brasil.

Conheça os projetos que dividiram o Nobel de Química deste ano

A Real Academia Sueca de Ciências anunciou, nesta quarta-feira (9), os vencedores do Prêmio Nobel de Química deste ano. Os dois projetos laureados, embora independentes, contribuíram para a compreensão da estrutura das proteínas. O bioquímico norte-americano David Baker, professor da Universidade de Washington, foi premiado por completar “o feito quase impossível de construir tipos inteiramente novos de proteínas”, segundo o comitê do prêmio. Seu compatriota John Jumper e o britânico Demis Hassabis, que trabalham no Google DeepMind em Londres, também levaram o prêmio por desenvolverem um modelo de inteligência artificial (IA) para prever estruturas complexas de proteínas – um problema que estava sem solução há 50 anos. Leia Mais Pesquisas sobre proteínas do corpo humano dividem Nobel de Química Entenda o trabalho de IA que recebeu o Nobel de Física deste ano Nobel de Física se demitiu do Google para criticar IA; saiba o que ele diz “O potencial de suas descobertas é enorme”, afirmou o comitê quando o prêmio foi anunciado na Suécia. A gratificação, vista como o auge da conquista científica, carrega um prêmio em dinheiro de 11 milhões de coroas suecas (cerca de 5,92 milhões de reais). Como funcionam os projetos premiados? As proteínas são compostas por uma sequências de moléculas de aminoácidos e são essenciais para a formação dos tecidos, incluindo os músculos, e de células do cabelo e da pele. Além disso, elas leem, copiam e reparam o DNA e ajudam a transportar oxigênio no sangue. Embora as proteínas sejam formadas por apenas 20 aminoácidos, eles podem ser combinados de maneiras quase infinitas, formando padrões altamente complexos no espaço tridimensional. O prêmio Nobel de química deste ano foi dividido em duas partes. A primeira foi entregue à dupla Hassabis e Jumper, que utilizaram um modelo de IA chamado AlphaFold2 para conseguir prever a estrutura de todas as 200 milhões de proteínas que os pesquisadores identificaram. A tecnologia atua como uma “busca do Google” para estruturas de proteínas, fornecendo acesso instantâneo a modelos previstos das macromoléculas, acelerando o progresso em biologia fundamental e outros campos relacionados. A dupla já ganhou os prêmios Lasker e Breakthrough de 2023. Já a “segunda metade” do prêmio foi entregue para Baker, por usar métodos computadorizados para criar proteínas que não existiam anteriormente e que possuem funções inteiramente novas. Em 2003, o professor conseguiu usar aminoácidos, geralmente descritos como os blocos de construção da vida, para projetar uma nova proteína que era diferente de qualquer outra existente, segundo a academia. Isso abriu a possibilidade para a rápida criação de diferentes proteínas para uso em produtos farmacêuticos, vacinas, nanomateriais e, até mesmo, sensores. “Ele desenvolveu ferramentas computacionais que agora permitem que os cientistas criem novas proteínas espetaculares com formas e funções totalmente novas, abrindo possibilidades infinitas para os maiores benefícios para a humanidade”, diz Heiner Linke, presidente do Comitê do Nobel de Química, sobre a contribuição de Baker. Quais prêmios o Nobel ainda entregará este ano? O prêmio de Química é o terceiro Nobel a ser entregue neste ano. Nesta semana, já foram entregues os prêmios de Medicina — para cientistas norte-americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun ganharam o prêmio de Medicina por sua descoberta do microRNA — e de Física — para o cientista americano John Hopfield e o britânico-canadense Geoffrey Hinton, pelas descobertas e invenções que serviram como base para a tecnologia de machine learning. No ano passado, o Nobel de Química foi concedido a Moungi Bawendi, Louis Brus e Aleksey Ekimov pela descoberta de minúsculos aglomerados de átomos conhecidos como pontos quânticos. Eles são amplamente utilizados atualmente para criar cores em telas planas, lâmpadas de diodo emissor de luz (LED) e dispositivos que ajudam os cirurgiões a enxergar vasos sanguíneos em tumores. *Com informações da CNN Internacional e da Reuters Novo modelo de IA consegue pensar “como uma pessoa” Este conteúdo foi originalmente publicado em Conheça os projetos que dividiram o Nobel de Química deste ano no site CNN Brasil.